Hoje, 29 de novembro, as Nações Unidas comemoram o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
A data foi estabelecida pela ONU em 1977 como um lembrete do compromisso global com os direitos do povo palestino e a busca pela solução do conflito israelo-palestino.
A escolha da data remonta à aprovação, em 29 de novembro de 1947, da Resolução 181 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que propunha a divisão do território da Palestina em dois Estados
O seu objetivo é sensibilizar a comunidade internacional para o direito de autodeterminação do povo palestiniano, bem como reafirmar o compromisso e a solidariedade que a Organização das Nações Unidas tem para com este povo.
Hoje, este dia é marcado pela “catástrofe humanitária” em Gaza.
António Guterres, secretário-geral da ONU, lembra que a data assinalada neste 29 de novembro ocorre “durante um dos capítulos mais sombrios na história do povo palestino”.
Sugestão de leitura:
SINOPSE
No verão de 1949 - um ano depois da Nakba, a catástrofe que expulsou mais de 700 mil palestinianos das suas terras, e que os israelitas celebram como a Guerra da Independência -, uma unidade de soldados israelitas, ataca um grupo de beduínos no deserto do Negueve, dizimando-o. Entre as vítimas encontra-se uma adolescente que sobrevive ao massacre. É capturada e violada, e depois assassinada e enterrada na areia. É a manhã de 13 de agosto de 1949.
Muitos anos mais tarde, quase na atualidade, uma jovem mulher em Ramallah descobre acidentalmente uma breve menção a esse crime brutal. Obcecada com o assunto, não só devido à natureza macabra do caso, mas também devido ao detalhe menor de ter acontecido precisamente vinte e cinco anos antes de ela nascer, irá embarcar numa viagem para tentar desvendar alguns dos detalhes que envolvem o crime.
Livro finalista do National Book Award e do International Booker Prize.
Um Detalhe Menor, publicado em 2017, é, um livro político, um grito de guerra contra a ocupação que enfrenta o leitor olhos nos olhos: “A propósito, espero não ter perturbado ninguém quando mencionei o episódio com o soldado ou o posto de controlo, ou se disser abertamente que vivemos sob ocupação. (…) O que acontece diariamente num lugar onde prevalece o tumulto de ocupação e a matança permanente”.
Um livro que entra em território minado. Com uma prosa inquietante e precisa, Adania Shibli retrata a experiência palestina do apagamento, da expropriação e da vida sob a ocupação.
BOAS LEITURAS !!