As Bibliotecas Escolares sugerem
Leituras com
A trágica paixão de D. Pedro I e de D. Inês de Castro é uma das mais belas histórias de amor de todos os tempos (e, não podemos esquecer que se passa no nosso país!).
Estes amores, condenados logo de início, ao infortúnio, envolvem intriga, traição, ódio, inveja e...obviamente AMOR.
Quem eram D. Pedro e D. Inês? in http://www.arqnet.pt/ |
D.
Pedro era filho do
Rei D. Afonso IV e D. Beatriz, que desde cedo lhe tentaram arranjar-lhe esposa.
Quando o príncipe tinha entre os dezanove e os vinte anos, o Rei enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de
Constança Manuel. O pedido foi aceite e, em 1340, organizaram-se grandes festejos para a sua chegada a cavalo. Foi nessa
comitiva que D. Pedro viu pela primeira vez D. Inês de
Castro, uma das aias de D. Constança. Apaixona-se imediatamente. O casamento combinado entre D.Pedro e D. Constança realiza-se em Agosto, na Sé de Lisboa...era mesmo assim nessa época!
in http://ines-de-castro.webnode.com.pt/pinturas/ |
D. Pedro continuava a encontrar-se com Inês de
Castro, o romance era tema de conversa na
corte e entre o povo. Rei e rainha furiosos, fecham Inês no Convento de Santa Clara, em
Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar a sua
amada rondando os muros do Convento e enviando cartas.
Finalmente "livre" do convento Inês circula de castelo em castelo acabando por ser instalada no pavilhão de caça (hoje Quinta
das Lágrimas), mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa
Isabel. Lá tiveram quatro filhos: Afonso
de Portugal (assassinado em criança); Beatriz, princesa de Portugal
(1347-1381); João, príncipe de Portugal (1349-1387); Dinis, Infante de
Portugal (1354-1397).
Mas esta não é uma relação aceite pelos reis nem pela sociedade portuguesa. Decide-se que a única solução para acabar com o romance de D. Pedro e
D. Inês de Castro, é matar a nobre galega.
Inês de Castro, por Columbano, no Museu Militar, em Lisboa |
Em
Janeiro de 1355, D. Afonso IV e três fidalgos, aproveitaram a
ausência de D. Pedro, foram até ao
pavilhão de caça, e sem piedade, apunhalam Inês de Castro.
Quando
D. Pedro soube da tragédia, cheio de dor, declarou
guerra ao pai. Assaltou castelos, matou gentes... Ao fim de alguns meses, o país não aguentava mais e, após
negociações, assinou-se a paz.
Mais tarde, D. Pedro I (já Rei de Portugal) mandou desenterrar Inês de Castro, sentou-a
no trono e, perante todo o povo português, corou-a Rainha de Portugal e
obrigou todos os nobres presentes a beijar a mão da sua
amada.
"Inês de Portugal"
João Aguiar
Edições Asa
Lisboa
7ª edição, 2006
Fundo documental BE Prof. Manuel Talhante