Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas como uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativos, ela não foi criada pelo comércio — e tem raízes históricas mais profundas.
A data recorda as conquistas das mulheres que, ao longo da história, lutam pelos seus direitos e contra o preconceito.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20.
Em 1910, a criação de um dia das mulheres foi proposta por Clara Zetkin, uma feminista alemã, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas.
Há quem afirme que a data foi proposta por causa de um incêndio em 1857, numa fábrica em Nova York. No entanto, este acidente nunca existiu e o mais provável é que fizesse referência a um sinistro ocorrido na mesma cidade em 1911.
Na verdade, o 8 de março foi escolhido porque neste dia, em 1917, as mulheres russas protestaram exigindo melhores condições de vida. A manifestação reuniu mais de 90 mil operárias e ficou conhecida como "Pão e Paz”
Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para a reivindicação de igualdade de género e manifestações em todo o mundo — aproximando-a da sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
Professora Salomé Faustino
Sugestões de Leitura:
“Mulheres Portuguesas”, escrito por Helena Pereira de Melo e Irene Flunser Pimentel.
"Ala Feminina: Desvendando os Mistérios da Reclusão", escrito por Vanessa Ribeiro Rodrigues
Permita-se explorar as ideias de Simone de Beauvoir. Desafie
as suas próprias perceções, questione os padrões estabelecidos e descubra
como a luta pela igualdade de género é uma jornada contínua. O Segundo Sexo é um farol que ilumina o caminho para uma sociedade mais justa e consciente.
Boas leituras!