quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mais do que ser uma pessoa conhecida, importa ser alguém que vale a pena conhecer (III)



A terceira entrevista foi realizada com a docente Lizeta Beco

1-Quais são os seus maiores medos?
Esta questão é aquela que para mim é a mais difícil, talvez porque tenha muitos medos ou não tenho medos ou talvez porque não consiga verbalizar/escrever por não saber pelo menos neste momento quais são.
Porém há um medo sim – falta de saúde.

2- Ainda se desilude? O que o desilude mais?
Sim ainda me desiludo, felizmente…
O que mais me desilude são atos vindos de pessoas de quem gosto, sobre os demais as ilusões são muito relativas.

3- Se pudesse mudar de profissão, mudava?
Não mudaria de profissão, as crianças são um mundo e uma fonte de juventude de verdade e de justiça. Adoro a minha profissão.

4- Considera que vivemos uma crise de valores?
Sim, os valores de hoje não são os mesmos de antes, mas mesmo não sendo poderiam ser muito válidos, mas atualmente algumas pessoas estão em crise e passam essa crise para os filhos.

  5- Qual a cidade/país que mais o marcou? Porquê?
A cidade foi Coimbra e o país o meu.
Porquê? A primeira pelo muito que aprendi como aluna e como pessoa; o meu país porque, cada vez mais, tenho orgulho em ser portuguesa e quanto mais longe estiver de Portugal mais me sinto pertença deste povo.
   
6- Quando olha para as novas gerações o que pensa?
Ainda tenho esperança, na mudança, no que os educadores que somos e como poderemos contribuir para que não se percam. Eu acredito nos jovens…
 
7- Como gosta de ocupar o tempo que tem livre?
No pouco tempo livre que tenho gosto de ler, de escrever, sair, de estar com a família e amigos e de navegar (net)

8 -Nascemos e morremos sós, tem medo de estar só, ou a solidão não o amedronta? 
Talvez, mas pensando que se pode estar só rodeada de pessoas, a solidão é um estado de alma…

9- Hesitou em responder às nossas questões?
Não hesitei, as questões são pertinentes; talvez difíceis de responder por serem tão incisivas…
   
10- Fernando Pessoa disse: " Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara". Sentiu receio em dar a conhecer facetas da sua vida, ao falar connosco, que não eram conhecidas? Ou seja teve medo de tirar a máscara ou ela está agarrada à cara?
Não uso máscara, sou eu… Respondi o que penso e não o que é politicamente correto.
Vergílio Ferreira disse “ as palavras são pedras o que nelas vive é o espírito que por elas passa”
O espírito que impregna as minhas palavras é o da verdade, do que sinto, do que quero e do que acredito; se por vezes isso não agradar … paciência… as minhas pedras terão sempre o meu espírito.