Alice Mestre Faísco, aluna da turma C do 6º ano da Escola Básica António Gião (Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz), venceu o Concurso de “Escrita e Ilustração”, organizado pela Sociedade Columbófila Eborense (SCE).
O texto poderia ser escrito em prosa ou em verso e tinha que respeitar o tema “O pombo-correio: uma ave especial, um atleta de eleição”, uma vez que um dos objetivos deste concurso era divulgar o pombo-correio e a sua evolução histórica enquanto animal com utilidade pública.
No passado dia 14 de dezembro, o poema vencedor foi declamado pela Alice na cerimónia da entrega de prémios que teve lugar nas instalações da Associação Columbófila do Distrito de Évora, onde estavam presentes vários sócios da SCE, o encarregado de educação e a docente de Português da aluna.
O poema vencedor, da autoria de Alice Faísco
“O pombo-correio: uma ave especial, um atleta de eleição”
Há tanto que peço
Um telefone aos meus pais,
Mas a resposta desilude
Cada vez mais!
“Sabes que isso não te podemos dar!”
Diz-me meu pai pela milionésima vez,
Mas eu tinha de tentar!
“Um dia, talvez…”
Nesse momento meu avô aparece,
No ombro, o seu pombo zarolho
Que estranhamente o favorece
E pergunta: “Telefone para quê?”
E falando com enorme segurança:
“Algo melhor eu tenho!
Vem comigo, criança,
Um ensinamento eu detenho.
Senta-te, ouve e aprende
Sobre o pombo-correio
Inventado há uns anos, eu creio
Na segunda Guerra Mundial
Muito utilizado no campo de batalha
Para mensagens passar
Para poderem comunicar!”
“Pombo-correio?
Mandavam pombos pelo correio?!”
Exclamei eu, indignada,
Sem entender nada de nada.
“Não, minha filha!
É exatamente o contrário.
O pombo é que leva o correio
Nada de muito extraordinário!”
“E que mais?”
Indaguei eu cada vez mais curiosa.
“E não se perdem tais animais?”
“Não, rara a vez aconteceu!
São treinados desde pequenos
A usarem o seu relógio interno,
A extensa memória e a excelente visão.
Pombos-correio são a minha paixão!
Desde jovem que eu os treino
De tanto ver o meu pai a adestrar.
E agora, está na hora do legado passar!”
Assim que o meu avô parou de falar
Um pombo bebé no meu ombro foi poisar.
“Este é o teu novo telefone, querida netinha,